terça-feira, 26 de maio de 2020

GEOGRAFIA

IMPORTANTE: As atividades encontradas são complementares ao Caderno Tecnologias de Aprendizagem.( Ciências Humanas, pág.106).

Houve mulheres negras com grande importância na história brasileira?
Por quais motivos as mulheres, principalmente as negras não aparecem nos livros didáticos?

Essas e outras perguntam já passaram pela sua cabeça? -Leia o texto e conheça um pouquinho mais sobre essas mulheres.
Boa leitura

A importância das mulheres negras no Brasil

A história tradicional sempre buscou meios para apagar a enorme resistência protagonizada pelo povo negro, especialmente as mulheres negras, com seu olhares racistas, machista e altamente preconceituosos. Parte dos livros didáticos evitam comentar as revoltas ocasionados pelo povo negro, e com isso, propositalmente não tocam nos nomes das mulheres negras .
Desde as guerreiras quilombolas na luta contra a escravidão até as trabalhadoras terceirizadas que hoje se enfrentam com a sede de lucro dos patrões, a força e a determinação presentes na história das mulheres negras constituem uma rica fonte de inspiração para todos nós.


As lutas e conquistas das mulheres negras vêm de muito tempo e de muito longe. Por isso, foi escolhido 10 mulheres negras que fizeram parte de quilombos brasileiros foram fundamentais em algum momento para a comunidade negra e para história brasileira.
As histórias das mulheres negras foram retiradas do livro Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis de Jarid Arraes .

1. Dandara dos Palmares
É uma das líderes mais conhecidas no Brasil. Lutou contra a escravidão em Palmares. Foi contra a proposta da Coroa Portuguesa em condicionar as reivindicações dos quilombolas. A guerreira morreu durante a disputa no Quilombo dos Macacos pertencente ao Quilombo de Palmares, onde vivia também seu marido, Zumbi dos Palmares.

2. Anastácia
Ajudou escravos quando eram castigados, ou facilitando a fuga. Certa vez, lutou contra a violência física e sexual de um homem branco, por isso, recebeu o castigo de usar um mordaça de folha de flandres e uma gargantilha de ferro. Apesar de viver na Bahia e em Minas Gerais foi levada para o Rio de Janeiro no fim da vida, lá atribuíram vários milagres durante sua estadia.

3. Luiza Mahín
Passou muito tempo na Bahia e participou do levante na Revolta dos Malês, em 1835 e a Sabinada, em 1837. Trabalhava como ganhadeira (no comércio de rua).

4. Tereza de Benguela
No Brasil, dia 25 de julho é comemorado o Dia de Tereza de Benguela em homenagem a líder quilombola. Era mulher do líder do Quilombo de Quarterê ou do Piolho, no Mato Grosso. Por lá, foram abrigados até índios bolivianos incomodando autoridades das Coroas espanhola e portuguesa. Tereza foi presa em um dos confrontos e como não aceitou a condição de escravizada suicidou-se.

5. Aqualtune
Era filha do Rei do Congo e foi vendida para o Brasil. Grávida no Quilombo dos Palmares organizou sua primeira fuga. Ficou conhecida por ficar ao lado de Ganga Zumba, antecessor de Zumbi, seu neto. A guerreira morreu queimada.

6. Zeferina
Líder no quilombo de Urubu, na Bahia. Era angolana e foi trazida ainda criança para o Brasil. As histórias relatam que ela confrontava os capitães do mato com arco e flecha.

7. Maria Felipa de Oliveira
Foi líder na Ilha de Itaparica, Bahia. Aprendeu a jogar capoeira para se defender. Tinha como missão principalmente libertar seus descendentes e avós. Ficava escondida na Fazenda 27, em Gameleira (Itaparica), para acompanhar, durante a noite, a movimentação das caravelas lusitanas. Em seguida, tomava uma jangada e ia para Salvador, passar as informações para o Comando do Movimento de Libertação.

8. Acotirene
Era considerada matriarca no Quilombo dos Palmares e conselheira dos primeiros negros refugiados na Cerca Real dos Macacos. Um dos mocambos (casa) foi batizado com o seu nome.

9. Adelina Charuteira
Era uma das líderes no Maranhão. Era filha de uma escravizada com um senhor, por isso, sabia ler e escrever. Apesar do pai, não foi libertada aos 17 anos, mas era ativamente parte da sociedade abolicionista de rapazes, o Clube dos Mortos. Para arrecadar dinheiro vendia charutos fabricados pelo pai, com essa articulação descobria vários planos de perseguição aos escravos.

10. Rainha Tereza do Quariterê
Foi guerreira no Quilombo do Quariterê, em Cuiabá. Comandou toda a estrutura política, econômica e administrativa do quilombo. Mantinha até um sistema de defesa com armas trocadas com homens brancos ou resgatadas pelos escravizados.

1) Quais os relatos sobre as mulheres negras brasileiras você mais curtiu ?
2) Você já conhecia alguma das mulheres negras brasileiras ?
3) Você conhece alguma mulher negra que poderia entrar para a história do Brasil? Cite os motivos
4) Identifique quais são os estados que essas mulheres negras brasileiras realizavam sua atividades?
5) Pinte no mapa do Brasil os estados encontrados e construa uma legenda.
Caso queira aprender um pouco mais sobre as mulheres negras brasileiras entre nesses sites:

Fonte:
DOSSIÊ DIA DA MULHER NEGRA, LATINA E CARIBENHA.Dandara, Aqualtune e Luiza Mahin: Mulheres negras na luta contra a escravidão no Brasil.

Seis páginas da memória negra feminina: Os cordéis de Jarid Arraes. Disponível em:

17 mulheres negras brasileiras que lutaram contra escravidão. Disponível em: https://www.geledes.org.br/17-mulheres-negras-brasileiras-que-lutaram-contra-escravidao/

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